Plenária do Setor Metalúrgico define propostas para o 8º Congresso da Força Sindical

O 8º Congresso da Força Sindical, aberto nesta segunda-feira (12), em Praia Grande (SP), reafirmou o repúdio às reformas trabalhista e previdenciária e os ataques aos direitos, pediu Fora Temer e deixou clara a importância da unidade das Centrais para derrotar as reformas em andamento no Congresso Nacional e garantir a representatividade do movimento sindical e as conquistas da classe trabalhadora.

O Congresso foi aberto pelo presidente da Central, Paulinho da Força, que fez uma homenagem à companheira Nair Goulart, falecida em 2016. Paulinho fez uma reflexão sobre o ataque aos direitos, o desemprego e sobre o que está por trás da intenção de acabar com o imposto sindical. “Eles perceberam que o único jeito de tirar direitos é acabando com os recursos dos sindicatos. A classe trabalhadora mostrou força na Marcha em Brasília e que quer negociar. É importante refletir sobre a viabilidade de se fazer uma nova greve, precisamos de articulação”, disse Paulinho, clamando por um “congresso unitário”.

Paulinho defendeu o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, presente ao Congresso, considerando-o “um aliado dos trabalhadores que está ajudando a escrever a Medida Provisória para restituir os direitos ameaçados pela reforma trabalhista”.

Miguel Torres, presidente da CNTM, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes (SP) e vice-presidente da Força, lembrou as lutas recentes do movimento sindical – as manifestações de 15 de março, a greve geral de 28 de abril e a Marcha em Brasília em 24 de maio -, que mostraram a força dos trabalhadores e defendeu uma política de desenvolvimento. “O movimento sindical está de pé. Estamos discutindo os rumos da nossa Central para os próximos quatro anos. Nesta terça (13), os grupos vão debater as propostas que serão aprovadas na quarta-feira e a participação de todos é fundamental”, afirmou Miguel Torres, destacando a importância da unidade da Força Sindical. “Vamos sair daqui mais fortes, com uma central mais democrática e atuando mais fortemente”, disse.

Fedmet RJ Congresso 2017

O Congresso conta com a participação de mais de 3 mil delegados de 1.700 entidades sindicais – sindicatos, federações, confederações, associações – de todo o País, representações sindicais internacionais e das centrais CUT, UGT, CTB, CST, Nova Central e parlamentares. A Federação dos Metalúrgicos RJ acompanha as discussões.

Propostas

Os dirigentes da Plenária do Setor Metalúrgico, realizada no Centro de Lazer da Família Metalúrgica, em Praia Grande (SP) dia 12 de junho, aprovaram, por unanimidade, propostas para o 8º Congresso Nacional da Força Sindical e a continuidade das lutas contra as reformas trabalhista e da Previdência e contra os ataques ao movimento sindical. As propostas apresentadas e discutidas nos grupos nesta terça-feira (13) foram:

1) Criação do Conselho Político Nacional da Força Sindical – Conselho composto por 15 membros, sendo dois representantes de cada região do Brasil (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) mais um  representante de cada um dos cinco maiores setores econômicos da Central,  com objetivo de debater e determinar os encaminhamentos e posições políticas da Força Sindical.

2) Reunião para reestruturação da Força Sindical 90 dias após o 8º Congresso Nacional, diante do fim do imposto sindical. A reunião será convocada e organizada pelo Conselho Político Nacional da Central.

3) Retorno da proporcionalidade nas eleições para composição da direção nacional, executiva e Conselho Fiscal da Força Sindical, com a participação, de forma proporcional, das chapas concorrentes ao pleito. Isto garante a unidade e o fortalecimento da Central, uma vez que eventuais chapas menos votadas, que obtenham um percentual mínimo de 10% dos votos,  poderão vir a compor a direção da Central.

Fonte: CNTM

Fotos: CNTM e Fedmet-RJ