Pressão garante mudança na política de segurança da CSN
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) acabou de contratar um novo gerente de Segurança do Trabalho e, a partir de agora, a empresa terá uma diretoria específica para tratar assuntos de segurança. E isso graças às cobranças que o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense vem fazendo, após as denúncias sobre os inúmeros acidentes ocorridos do ano passado para cá, inclusive fatais.
O Sindicato dos Trabalhadores foi chamado a participar da primeira reunião com o novo gerente de segurança do trabalho da companhia, engenheiro Paulo Milleu. Durante o encontro, a gerência recebeu queixas sobre a falta de segurança na usina, a necessidade de reposição de máquinas e a falta de manutenção em equipamentos.
O Sindicato vem alertando há tempos sobre a necessidade de melhorias na segurança dentro da empresa. O quadro de técnicos de segurança do trabalho foi reduzido e os especialistas sumiram das áreas. Ao mesmo tempo, subiram os números de acidentes.
“A empresa corta empregos e quem paga a conta é o próprio trabalhador, que tem que conviver com riscos diários pela falta de políticas de prevenção de acidentes”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Silvio Campos.
O líder sindical disse que espera que essas mudanças aconteçam para melhorar as condições de trabalho. E adiantou que se daqui a alguns dias nada mudar, o Sindicato vai cobrar a efetivação do compromisso assumido pela CSN. “Não há como justificar tantas demissões no setor, expondo os trabalhadores a riscos de morte. É preciso que tenham mais técnicos e engenheiros de segurança atuando nas áreas, 100% do tempo ligados na segurança do trabalhador. Acidentes nunca mais!”, completou Silvio Campos.
Fonte: Força Sindical RJ
